1 Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses.
2 Até quando julgareis injustamente, e aceitareis as pessoas dos ímpios? (Selá.)
3 Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado.
4 Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios.
5 Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam.
6 Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.
7 Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos príncipes.
8 Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações.
Estudo sobre o Salmo 82, todos os versículos explicados detalhadamente, leia atentamente para entender a origem e o que significam os trechos e frases.
Salmo 82:1-8
O Salmo 82 aborda a justiça divina e a responsabilidade dos líderes e juízes em tratar todos com equidade. O salmo destaca a soberania de Deus e a sua posição como o Supremo Juiz. Abaixo está uma análise detalhada de cada versículo:
Versículo 1
"Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses."
- Significado: Este versículo estabelece a cena de Deus, o verdadeiro Juiz, presidindo uma assembleia celestial. A expressão "no meio dos deuses" refere-se a líderes ou juízes humanos, figuras de autoridade que são chamados a exercer justiça. Deus está presente e ativo, observando e julgando suas ações.
Versículo 2
"Até quando julgareis injustamente, e aceitareis as pessoas dos ímpios? (Selá.)"
- Significado: Deus questiona os juízes humanos sobre sua injustiça e parcialidade. A expressão "aceitar as pessoas dos ímpios" significa favorecer os maus ou tomar decisões injustas. O termo "Selá" sugere uma pausa para reflexão sobre a gravidade da acusação.
Versículo 3
"Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado."
- Significado: Deus exorta os juízes a fazerem justiça verdadeira, protegendo os vulneráveis e marginalizados, como os pobres e órfãos. Este versículo enfatiza a responsabilidade moral dos líderes em defender os direitos dos desamparados.
Versículo 4
"Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios."
- Significado: Deus clama por libertação e proteção para os pobres e necessitados, sugerindo que eles estão sendo oprimidos pelos ímpios. Este é um chamado direto à ação, pedindo aos juízes para resgatar aqueles que estão sendo explorados e injustiçados.
Versículo 5
"Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam."
- Significado: Este versículo descreve a ignorância e a falta de compreensão dos juízes corruptos, comparando-os a pessoas que andam em escuridão. A injustiça praticada por eles causa instabilidade, abalando os "fundamentos da terra" — uma metáfora para a ordem moral e a justiça social.
Versículo 6
"Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo."
- Significado: Deus lembra aos juízes de sua alta posição e responsabilidade, chamando-os "deuses" e "filhos do Altíssimo". Isso não implica divindade literal, mas reflete sua função como representantes de Deus na administração da justiça.
Versículo 7
"Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos príncipes."
- Significado: Apesar de seu status elevado, os juízes são lembrados de sua mortalidade e da inevitabilidade do julgamento divino. Eles morrerão como todos os outros homens e cairão se não cumprirem seus deveres com justiça.
Versículo 8
"Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações."
- Significado: O salmo termina com um apelo a Deus para que Ele se levante e julgue a terra. A invocação reconhece a soberania de Deus sobre todas as nações e sua autoridade final para julgar e estabelecer justiça.
Resumo e Contexto
O Salmo 82 é uma poderosa convocação à justiça e integridade, dirigida aos líderes e juízes de Israel. Ele destaca a presença e a vigilância de Deus sobre aqueles que têm poder, enfatizando a responsabilidade de tratar os vulneráveis com equidade. O salmo também adverte que a corrupção e a injustiça têm consequências sérias, tanto para a sociedade quanto para os próprios juízes. No final, o salmo reconhece a soberania de Deus como o Juiz Supremo que tem o poder de corrigir todas as injustiças e governar as nações com retidão.
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